Monday, July 28, 2008

Desabafo da Dor...



Vamos falar de nos, dos pecados cometidos em nossa mente...sim tens razão...na minha mente! Porque a tua esta vazia de mim, nela construíste uma nova vida e descobriste a essência de um novo corpo deitado no teu leito, repetiste capítulos ultrapassados e historias contadas mas com uma outra pessoa, nisso tenho que dizer que não mudaste, que alteraste apenas o quarto, os lençóis, mas não tu!

Demorei a chegar a esta conclusão, demorei a arrumar os pensamentos nos devidos lugares, a alterar as mobílias dentro de mim, a pintar as paredes das minhas emoções com outras cores e a destruir a fotografia do teu rosto a sorrir, sorrir apenas para mim no meu coração ausente de nos dois!

Gritei comigo mesma, esbofeteei a verdade e escondi o seu rosto com um manto negro, apaguei as luzes e fiquei absorta a sentir-te, a procurar por ti, apalpei o meu corpo, deslizando os meus dedos húmidos nas partes que mais proclamavam o teu nome, e senti a dor de quem se ama só!

E num estrondo tal uma porta que fecha com a corrente de ar, o meu olhar se abriu para um novo mundo, senti vazia de ti, livre de dores e falhas continuas, abracei a a única pessoa digna deste sentir luminoso, a que nunca me abandonou e que me aceitou longe de si por algum tempo...

EU

22 comments:

Heduardo Kiesse said...

Um casamento feliz entre a imagem e as palavras, palavras que me tocaram na epiderme dos sentidos, profundamente, belo amiga Naela! Teu beijo!

Pandora said...

Simplesmente profundo e emotivo. És uma mulher de coragem!
Beijos

Dois Rios said...

Naela,
Adorei esse texto!
As vezes ficamos tão impregnados do outro que nos ausentamos de nós.

Beijos ternos,

Marcelo said...

Ando escrevendo poemas de adeus também...
Odeio essa fase, sabia.
Mas como chegar ao topo sem descer em seguida?
Só nos resta fazer tal coisa com a certeza de que conquistamos mais um sonho e estamos caminhando em busca de mais conquistas igualmente árduas.

Beijos

Daniel said...

Naela

Na boa escrita, de certo modo aparece latente, uma certa forma de nostalgia, emerge sempre expriência no que escrevemos.
Beijos
Daniel

Daniel said...

Naela

Na boa escrita, de certo modo aparece latente, uma certa forma de nostalgia, emerge sempre expriência no que escrevemos.
Beijos
Daniel

Daniel said...

Naela

Na boa escrita, de certo modo aparece latente, uma certa forma de nostalgia, emerge sempre expriência no que escrevemos.
Beijos
Daniel

Daniel said...

Naela

Na boa escrita, de certo modo aparece latente, uma certa forma de nostalgia, emerge sempre expriência no que escrevemos.
Beijos
Daniel

Daniel said...

Naela

Na boa escrita, de certo modo aparece latente, uma certa forma de nostalgia, emerge sempre expriência no que escrevemos.
Beijos
Daniel

Sombra de Anja said...

Minha querida..
Mais um texto maravilhoso.
Amar só...sinto até nos mais pequeninos dedinhos dos meus pés.

adorei.

Beijo

vero said...

" e senti a dor de quem se ama só..."

Gostei de ler :)

Beijinhos minha querida amiga

P.s: Já enviei convite para o teu e-mail ;)

Cadinho RoCo said...

Calma, calma, calma, muita calma nessa hora fique assim não. Aquele que foi ido está e você tem encanto demais, femninilidade de sobra e percepção bastante para sentir o que sente sim, mas sem prescindir da sua liberdade emancipação que deve ter para que o dito amor não confunda mobiliário e novas cores do seu ambiente. Você é mais você e já mostra isso para sair desse emaranhado e soltar o viver para o que de fato revela doçura e não azedume amargor.
Cadinho RoCo

MS said...

E escrevendo que limpamos o sotao das nossas vidas.

Corporizando o nosso sentir em palavras escritas, podemos finalmente seguir em frente.

Um abraco.

KImdaMagna said...

Conheço os corações vulcânicos.
Vivo na terra deles ( os vulcões).
Consoante os magmas que o despoletam, assim as reacções:
corações altivos, corações de lava arrefecida, alguns explosivos , outros extintos.
Quase sempre resta uma cratera, onde se pode construir algo.

Xaxuaxo

Borboleta said...

Ê, amor, sentimento danado. Se não for recíproco (sinalagmático), faz sofrer demais.
Beijos solidários do distante admirador

RENATA CORDEIRO said...

Amiga querida, fiz novo post, porque não consigo ficar parada. Talvez vc não tenha visto o filme.
Apareça por aqui:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
não há ponto depois de www
Um abraço,
Renata

L.S. Alves said...

Sempre gosto destes textos em que a protagonista descobre que a felicidade reside nela e não em uma outra pessoa.
Um abraço moça.

Anonymous said...

recomeçar é sempre uma despedida. o texto é significativo. meu abraço.

Carla said...

perfeita...esta apologia do EU
adorei
beijos

Su. said...

Lindo este texto, só espero que estejas melhor do que aquilo que ele aparenta!

Ninguém merece tamanha ansiedade... liberta.

Bjs

Alessandra Castro said...

As vezes temos mesmo que ter uma conversa dessa com a gente e nosso inconsciente. Nunca devemos desistir do auto-conhecimento.

Canephora said...

esta é uma porta que ficará sempre entreaberta, parece que dificilmente fecha.
Mas é sempre possível apagar a luz da rua...

Regresso.....Palavras sentidas, oh tempo! Cheguei...