Tuesday, December 30, 2008

Enfeite-se com margaridas e ternuras,
e escove a alma com flores.
Com leves fricções de esperança,
de alma escovada e coração acelerado,
saia do quintal de si mesmo,
e descubra o próprio jardim ..
Carlos Drummond de Andrade

Wednesday, December 24, 2008

"...E a doçura é tanta...
Que faz insuportável cócega na alma.
Viver é mágico...
E inteiramente inexplicável!...
" (Clarice Lispector)

Thursday, December 18, 2008

Minha...

O que lembro-me dela? De tudo, perdê-la é perder-me de mim, é sentir-me incompleta, amputada de sentimentos e vazia, tão vazia que o próprio vazio!

As lágrimas são o único vestígio que o meu corpo ainda reage para a vida, o meu coração bate em teu peito, pulsa como uma melodia na leveza do teu ser!

Vejo em seu rosto a minha infância, o toque inexorável do seu amor, da beleza infindável que um amor tão puro, imensamente generoso pode fazer...nos traços da sua expressão esta a minha idade adulta carimbada como um selo recordando-me que cresci em seus braços!

Resgato todas as fotografias, a essência, a aura, a inesgotável felicidade que cai como cascata sobre mim, para que o "Tempo" não destrua com o pó o que sobra nas réstias do meu sentir.

Enxugo o tecido do meu corpo com as tuas mãos feitas de carícia e veludo, decoradas com as flores que cultivaste no jardim do meu olhar e sinto o aroma que delas vêem e adormeço na tranquilidade de quem sabe que ira despertar com a tua voz!

Monday, December 15, 2008

Perco-me nas entrelinhas do teu ser,
Pequenos fragmentos que preenchem a pagina solta de mim,
Deito gotas de perfume sobre a pele
Como um rascunho de versos soltos
E visto-me de ousadia,
Faço do meu desejo o teu prefácio
E escorro o êxtase no enigma do meu sentir!

Tuesday, December 9, 2008

Embrulho sim...partes soltas de mim com fita vermelha
Deixando cada pedaço esquecido ao vento!
Desembrulha o meu corpo
Com as tuas mãos delicadas
Para não machucar as letras invisíveis do meu sentimento!

Friday, December 5, 2008

Corredor...

Percorro o corredor que tantas vezes passei e não dei conta que jamais iria regressar, vejo o passado, aceno para ele, chamo pelo seu nome e busco o seu olhar para que se recorde de mim, anseio por aquele abraço apertado, um sorriso de felicidade no rosto, de quem há muito ansiava me ver!
Mas no lugar do passado, resta o silêncio!
Só eu sinto a minha essência em todos os lugares que já entrei, e sei que pedaços de mim ainda perseguem este mesmo sonho. Corro para poder sentir de novo o perfume do meu abraço, para me ver tal como era, feliz e incansavelmente livre!
Agora resta a nostalgia, a dor da perda, o passeio tem os meus passos gravados, o meu braço no teu, o tal beijo ainda por dar mil vezes, e a minha gargalhada estridente! Agora sorrio para um espelho ao encontro do meu rosto, reconheço as diferenças e sei que mudei, faço um círculo nas 7 diferenças visíveis tal um jogo e deixo-me iludir que um dia irei regressar cheia de forca, prolongar o amanhecer e deixar-me ficar um pouco mais no teu aconchego!
Porque o tempo é efémero? Contemplo o mar, o mesmo mar que tantas vezes percorremos ausentes, escrevo uma carta nas páginas do mar e deixo as minhas marcas na areia, na esdrúxula ideia que saberás onde estou!

Tuesday, December 2, 2008


Eu tenho uma espécie de dever,o dever de sonhar,
de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espectador de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E assim me construo a ouro e sedas em salas supostas,
invento palco, cenário,
para viver o meu sonho, entre luzes brandas
e músicas invisíveis.
( Fernando Pessoa )

Wednesday, November 26, 2008

Estou sozinha...

Estou sozinha....falo em surdina como uma guitarra desafinada perdida algures na fantasia do meu ser!
É mais fácil despojar-me deste desejo e transformar-me na sensualidade em que tocas as palavras e despes o véu que esconde o meu corpo nu, na tua poesia resplandece a minha quietude, sacio a minha sede bebendo dos teus lábios, contornando a língua nas flores imaginárias que pintei em cada canto do meu corpo como sinal da tua chegada.
Perdi-me algures em ti, encontrei-me na profundeza do teu ser onde a tua alma brilha nesta tela pendurada nas paredes do meu íntimo e finjo ver-me nela!
Sinto o aconchego de ser tua, liberto-me abraçada a ti e aprisiono-me em teu olhar, algemo as minhas saudades nas cicatrizes da tua ausência!
Entrego-me deliberadamente á minha carência, abro caminho para que penetres no mais fundo de mim e suplico que percorras a estrada misteriosa das minhas ânsias, medos e alegrias!
Divago ao som dos teus suspiros, rasgo as sensações no vazio e risco o céu sublinhando a palavra "Amor" com cores carregadas tal o excesso da minha paixão...nesta entrega absoluta meu corpo comanda a vida, desliza os dedos em teu peito, contornando a tua força com os meus lábios ressequidos de tentação e no final...
ai no final! Corro as cortinas do meu olhar e mergulho em ti!

Monday, November 24, 2008

“A generosidade não está em dar-me aquilo que eu preciso mais que você,
mas em dar-me aquilo de que precisas mais do que eu
Gibran Khalil Gibran

Sunday, November 16, 2008

Vazio...

Como explicar ao vazio que as paredes estão cansadas e nuas de fotografias, presas ao passado, que perderam a sua cor natural por falta de emoções, despojadas de brilho e ressequidas pela ausência de sentimentos e reflexos de vida!
O vazio olha ao seu redor, como se desejasse capturar a essência e a alma daquele espaço perdido, encolhido no chão num canto qualquer lamenta ter deixado a porta aberta, chora abraçado ao vazio e mergulha num sono sem sonhos! O ar da noite entra pela janela, o vazio sente o arrepio da escuridão, observa a Lua vestida de platina, conta as estrelas e mergulha nos passos que ouve ao longe! O vazio percorre a quietude do silencio, contempla a dor, seu olhar preso a um rosto sem traços captando a historia que existiu naquele quarto num tempo não tão distante do hoje!

Lá fora uma silhueta observa a janela, o seu olhar percorre cada canto daquele lugar onde um dia fora feliz.

Ah se pudesse encontrar tudo como deixei, os meus lábios colados aos teus, a cama por fazer e apenas ouvir os suaves beijos na quietude da madrugada, quero ainda poder olhar para ti, onde o único brilho de luz vem de nossos olhares! Não haverá despedidas, nem paredes nuas, onde foram retiradas as fotografias e o quadro que embelezava o nosso recanto! Nem tão pouco a bagagem encostada num canto, como sinal de despedida!
Tudo será como ontem, quando despi a roupa e corri para o teu corpo e entrei na tua cama...

Tuesday, November 11, 2008

"Posso não ter sentido, mas é a mesma falta de sentido que tem a veia que pulsa
Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido.
Eu não: quero é uma verdade inventada”.
Clarice Lispector

Friday, November 7, 2008

Sem ti...

Quantas vezes contemplei o teu rosto no meu, Luísa...perdi-me tantas vezes quanto possível só para poderes me encontrar!
Sabes que passei imensas noites despertas a esculpir o teu rosto, gravando na memória o teu sorriso, lutando com o tempo para que não deixasse esquecer-te na penumbra da tua ausência!
Peguei na guitarra e fiz uma canção para ti e com a voz rouca e quase lacrimejante cantei os líricos perdidos ao vento!
Ah e não sabes como me embriaguei em teu perfume, no teu cheiro e mergulhei em ti!
Ainda afago os teus cabelos que caem como cascata em meu peito num rosto imaginário, deslizo os meus dedos no deserto do teu corpo e percorro o teu Oásis, sacio a minha sede na tua intimidade, penetro e deixo-me ficar ali, onde sinto o calor que emana de tua essência, protegendo-me deste Inverno solitário e frio! Chamo-te de meu vicio...Sim Luísa és a minha inspiração, os meus dias, o vento que toca a minha face neste Inverno sem ti! Luísa se te disser que passei imensas noites acordado apenas pensando em ti, invadindo os teus sonhos, apalpando a cama vazia em busca do teu corpo quente, deixar-me-ias demonstrar quantas vezes fiz amor contigo?
O teu silêncio diz-me que sim... Pois então vou-te contar que mesmo ausente de mim, senti o teu corpo, despi-te mil e uma vezes beijando os teus lábios despertando-os para a Vida, colorindo-os com a minha língua! E ouvi-te gritar meu nome, suplicar que não parasse, sussurrar as tuas vontades e nestes momentos o mundo eras tu, nem do meu corpo precisei, a tua alma era a outra metade de mim.
Ainda hoje, tão longe...tão distante...o meu olhar procura por ti na noite, as lágrimas lavam as memorias e enxugam o tecido do meu corpo inexoravelmente solitário num dogma da vida e dos sentimentos que guardei no baú do meu ser!

Monday, November 3, 2008

Mundo!

Corri sem parar,
na tentativa de olhar para trás
esqueci-me do passado,
as pegadas da vida não deixaram rasto, não vi as minhas impressões digitais cimentadas no corpo do mundo e fiquei absorta a contemplar o tempo como um amigo ausente, deslumbrei com o seu esquecimento, com a sua correria e supliquei que parasse o tic tac das horas para poder olhar no mais fundo de mim e resgatar a minha pureza, a que não foi violada pelas vicissitudes da vida!
Mas o "tempo" remeteu-se ao silêncio e fiquei absorta a contemplar o infinito...
Deitei-me no corpo do mundo, desenhei múltiplos rostos,
inventei um sonho...
toquei o teu olhar e penetrei nele,
vi um mundo repleto de desejo uma chama ainda acesa
e vesti-me de ti,
repousei os meus lábios em teu peito
e beijei cada letra do teu pensamento!

Monday, October 27, 2008

Como a espera é infinita....
Beijos roubados
perdidos em cada curva do meu corpo
desce em cada sentir
e procura por mim na nostalgia do teu olhar!

Sunday, October 19, 2008

Invada meu mundo...

Amor não se prenda...
Apenas venha e se deixe
Acontecer em mim...
Chegue burlando a solidão,
Paladino fiel ao meu coração...

Invada meu mundo,
Descerrando vontades
Em desejo fecundo...
Faz-me tua cria, diva, mulher
Então...
Dou-me feito florada,
Absorva as sensações de prazer
Atiçadas em toques suaves
De tuas mãos...
Aguça os sentidos da paixão,
E me toma para tua vida
Assim...
Venha porque eu te quero!...

(Cida Luz)

Monday, October 13, 2008

Resta apenas....

Sinto de longe o teu pecado, a penitência de querer livrar-me desta ansiedade, desta espera e fico assim a escutar o bater do teu coração como uma melodia que promete jamais terminar!
O meu corpo perde-se neste labirinto ao encontro do teu, e a única saída é deixar-me perder novamente, para que a tua alma reencontre o meu desejo e sinta a sensação de desfolhar cada ausência tua.
Entrego-me por inteira, aconchego-me a ti, neste ninho feito de sonhos e ilusões onde a angústia do eu se dissipa, o alívio de ser tua sem a mascara de outrora revelam-se de mil formas, existir apenas...descanso neste leito onde as emoções mergulham na tua existência, deslizo as tuas mãos delineando os meus seios que despertam para a vida ao sabor dos teus beijos, desenho os teus lábios em meus lábios como uma escultura que aniquila o silêncio e a sede...
De repente deixamos as marcas do nosso corpo no lençol, o cheiro da nossa pele flui no ar, a janela do quarto esta aberta, como se o vento suspirasse saudade, trancamos a porta mas esquecemos da chave em qualquer lugar, e sem despedidas caminhamos soletrando gemidos e colorindo a vida de vários tons...
Resta apenas a unicidade da nossa existência fotografada na memória de nosso olhar!

Friday, October 10, 2008

I look down at the pad of paper in front of her.
It's blank, waiting for the mark of her pen,
waiting for the words that I have been afraid to say.

I go to the window and stare out at the night, at the darkness that cannot see my shame.

*****
Tess Gerritsen
( Book Vanish)

Monday, October 6, 2008

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim!...

(Florbela Espanca)

Thursday, October 2, 2008

E depois...


Despe a minha essência e transforma-me em tua pele...quente e imensamente suave!
Sonha juntamente comigo para que a VIDA tenha começo e fim....
sacia o meu desejo tocando meus lábios neste fogo imperdível que tem o nome de meu "CORPO e flutua em mim como um barco a deriva no meio do nada.

Lentamente faz de mim o teu porto de abrigo,
aquele que das o nome de desejo e eu chamo de segurança...
E depois abafa as palavras suspirando silêncio,
E depois ilustra o meu sentir com monólogos ao vento
E depois solta a minha liberdade para que ela corra ao encontro do teu cheiro!

Sunday, September 28, 2008

"Eu te esperei todos os séculos sem desespero e sem desgosto
e morri de infinitas mortes,
guardando sempre o mesmo rosto..."

(Cecília Meireles)

Tuesday, September 23, 2008

Palavras sem Sons...

Corro ao encontro das palavras....vislumbro uma sombra na escuridão do meu quarto, na certeza que és tu acendo as luzes...a imagem reflectida a momentos atrás desaparece!
Fico novamente na escuridão, na incerteza de ver um rosto sem nome, deito-me na inércia do meu sentir, envolvo-me em fantasias onde não existo e transformo as palavras em ondas do mar, que levam o meu espírito para um mundo sem sons....
Olho suspeita para as imagens que formam, as letras mergulham e as frases naufragam no meio da tempestade...e depois restam apenas frases desfeitas pelo tempo, amareladas pelas saudades, secas como folhas de Outono que varrem sentimentos perdidos em nos...
Resta o diário de mim, guardado em qualquer lugar...percorro as letras, beijo a caligrafia e os momentos que me obrigam a lembrar que tudo um dia existiu, jogo os sentimentos pela janela, as palavras desfazem e gritam por mim, finjo que não oiço, danço abraçada ao vazio, intimido a noite de chegar a mim e fecho-me na intimidade de todas as intimidades, percorro o corredor frio, as palavras se formam, um orgasmo dilacerante compõe os líricos deste sentir!
Deixo aberta a janela da alma, sinto a brisa que acaricia de leve o meu rosto salpicado de emoções, um novo dia forma-se na imensidão do meu ser, liberto todas as imagens que aprisionei durante a minha batalha com a vida, onde sai vencedor e vencida e corro ao sabor da liberdade que me espera, me condena e me apraz e na insolência deste sentir um novo ser nasce, baptizo com um novo nome e deixo sentir os primeiros raios de Sol que transgridem a própria realidade, um dilema que desliza em cada pedaço de meu corpo, tatuando o mapa da vida e dos sons!

Saturday, September 20, 2008

"Não é que vivo em eterna mutação,
Com novas adaptações o meu renovado viver
E nunca chego ao fim de cada um dos
Modos de existir.
Vivo de esboços não acabados
E vacilantes.
Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu,
Entre mim e os homens, entre mim e o“Deus”
(Clarice Lispector)

Tuesday, September 16, 2008

VIDA!

Percorri o deserto, vi o meu rosto em diferentes estacões
Deixei a minha marca na areia e abandonei a bússola
Para que o meu encontro com a Vida ressuscitasse-me a alma!
Perdi-me nesta busca infinita, nesta viagem solitária
Onde o oásis é apenas uma mera miragem ao Sol!

Livrei-me das roupas do passado, apenas sentindo a minha própria pele
Caminhei livre, num abandono doce e fervilhante
Adormeci na imensidão deste tapete feito de sonhos
E calei a felicidade com um beijo perdido
Nas entranhas do meu ser
Volúvel, insano e perdidamente apaixonado...
Tal e qual a vida que me esperava no infinito deste prazer!


Monday, September 15, 2008

"É melhor tentar, ao invés de sentar-se e nada fazer.
É melhor falhar, mas não deixar a vida passar.
Eu prefiro na chuva caminhar, do que em dias tristes em casa me esconder, prefiro ser feliz, embora louco, do que viver infeliz em são conformismo."
- Martin Luther King -

Friday, September 12, 2008

Tuesday, September 9, 2008

Monday, September 8, 2008

O Sol nas noites e o Luar nos dias...

Rodrigo contemplou por longos momentos a mulher que dormia em sua cama, os cabelos ocultavam o rosto, passou os dedos delicadamente pelos fios de cabelo para não despertá-la.

O olhar prendeu-se naquele rosto, os lábios partiam-se num gesto silencioso e a serenidade do seu dormir mergulhavam em sua identidade.
Deslizou o lençol que cobria parte do corpo, do seu lado a cama estava quente, tocou no inferno e sentiu o calor que emanava de sua pele, as pernas estavam semiabertas, os seios redondos e firmes cabiam em sua mão.
*****
Deitou-se perdido em pensamentos, não se lembrava dos acontecimentos da noite anterior, julgava estar consciente de todos os episódios, mas pela ausência deles estava certo que perdera a consciência em qualquer momento e agora estava assim...desesperado!
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No chão as roupas estavam espalhadas, abriu a carteira, espiou os pertences desta mulher que nem o nome sabia e viu um bilhete escrito com a sua caligrafia, dizia que se sentia só, que precisava de companhia, havia traços de poesia inacabada, rabiscos, nomes em vão, algarismos e a morada de sua casa...ah lembrava-se que tinha escrevinhado qualquer coisa...e na mesa ao lado estava uma mulher sentada sozinha com o olhar perdido, aproximou-se dela e entregou o tal bilhete!
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Caminharam em silencio, Rodrigo abriu a porta de sua casa e deitou-a na cama, murmurou palavras desconexas e soltou os cabelos presos deixando cair como uma cascata em seu peito, limpou as lágrimas beijando cada gota cristalina como um vinho raro e doce, bebeu e embriagou-se em seus beijos, ela cavalgou em si como um animal insaciável, buscando a liberdade, e ele deixou-se dominar pela sua força, caiu em seus braços afagando o seu desejo com o encanto de sua aura, despindo a fragilidade de seu ser!
*****
Ela adormecera em seus braços e os dois se perderam em seus mundos solitários...
Levantou-se sem fazer barulho, fechou as cortinas da vida deixando a escuridão inundar seu mundo, caminhou feliz para a cama, puxou-a para perto de si, ouvindo um gemido doce e num sussurro disse-lhe:
- Ainda é noite meu bem, temos a infinitude do tempo do nosso lado!

Regresso.....Palavras sentidas, oh tempo! Cheguei...